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Para seu funcionamento, o APT utiliza um arquivo que lista as `fontes' de onde ele obterá os pacotes. Esse arquivo é o /etc/apt/sources.list.
As entradas neste arquivo normalmente seguem o seguinte formato:
deb http://host/debian distribuição seção1 seção2 seção3 deb-src http://host/debian distribuição seção1 seção2 seção3
É claro que as entradas acima são fictícias e não devem ser usadas. A primeira palavra em cada linha, deb ou deb-src, indica o tipo de repositório: ou seja, os pré-compilados que normalmente usamos, ou se guarda pacotes fonte (deb-src), que são o fonte original do programa mais o arquivo de controle Debian (.dsc) e o diff.gz contendo as modificações necessárias para se 'debianizar' o programa, veja Construindo a partir dos fontes, Capítulo 4.
Nós geralmente encontramos o seguinte num sources.list padrão do Debian:
# See sources.list(5) for more information, especialy # Remember that you can only use http, ftp or file URIs # CDROMs are managed through the apt-cdrom tool. deb http://http.us.debian.org/debian stable main contrib non-free deb http://non-us.debian.org/debian-non-US stable/non-US main contrib non-free deb http://security.debian.org stable/updates main contrib non-free # Uncomment if you want the apt-get source function to work #deb-src http://http.us.debian.org/debian stable main contrib non-free #deb-src http://non-us.debian.org/debian-non-US stable/non-US main contrib non-free
Estas são as linhas necessárias para uma instalação básica do Debian. A primeira linha deb aponta para o repositório oficial, a segunda para um repositório non-US e a terceira para um repositório de atualzações de segurança do Debian.
As duas últimas linhas são comentadas (com um '#' na frente), então apt-get irá ignorá-las. Estas são as linhas deb-src, ou seja, elas apontam para pacotes fonte do Debian. Se você costuma fazer o download de fontes de programas para testar ou recompilar, descomente estas linhas.
O arquivo /etc/apt/sources.list pode conter vários tipos de linhas. O APT sabe lidar com repositórios http, ftp, file (arquivos locais, por exemplo, um diretório que contenha uma ISO montada) e ssh, até onde eu sei.
Não esqueça de atualizar a lista de pacotes depois de modificar o arquivo /etc/apt/sources.list, veja Atualizando a lista de pacotes disponíveis, Seção 3.2. Você deve fazer isso para que o APT saiba quais pacotes estão disponíveis nas fontes que você especificou.
Se você preferir usar seu CD-ROM para instalar pacotes ou atulizar seu sistema
autometicamente com APT, você pode adicioná-lo no seu arquivo
sources.list. Para fazer isso, você pode usar o programa
apt-cdrom
desta forma:
# apt-cdrom add
com o CD-ROM do Debian no drive. Isso irá montar o CD-ROM, e se ele for um CD válido do Debian ele irá procurar por informações de pacotes no disco. Se sua configuração de CD-ROM for pouco usual, você pode também usar as seguintes opções:
-h - Ajuda do programa -d directory - Ponto de montagem do CD-ROM -r - Renomeia um CD-ROM reconhecido -m - Não montar -f - Modo rápido, não verifica os pacotes -a - Modo completo de scan
Por exemplo:
# apt-cdrom -d /home/kov/mycdrom add
Você pode também identificar um CD-ROM, sem adicioná-lo na sua lista:
# apt-cdrom ident
Note que este programa funciona somente se seu CD-ROM está configurado corretamente no sistema /etc/fstab.
APT utiliza /etc/apt/apt.conf
como seu principal arquivo de
configuração. APT uses /etc/apt/apt.conf
as its main
configuration file. Contudo, como você irá notar, não existe um arquivo com
este nome na instalação padrão, você pode cuidadosamente criar um e adicionar
suas opções lá. Se você preferir, há uma maneira mais modular de configuração
manual: você pode colocar arquivos individuais com os nomes que você escolher
dentro de /etc/apt/apt.conf.d/
.
Tenha cuidado com dois aspectos quando você escolher a forma modular: alguns pacotes Debian irão deixar suas configurações dentro daquele diretório, então você deve tentar prevenir conflitos de nomes, por exemplo, adicionando um sufixo -local no nome do arquivo. Além disso, a configuração é lida ordenadamente pelo nome do arquivo, então você pode adicionar um número no início do nome do seu arquivo para posicioná-lo na sequência. Por exemplo, você pode nomeá-lo como 00000myconf-local se você quer ter certeza de que sua configuração será a primeira a ser considerada.
Para conhecer a sintaxe e opções aceitas por esses arquivos de configuração consulte a página de manual apt.conf(5).
Se você está usando o APT numa rede em que todas as conexões http e ftp são
feitas através de um proxy, então você terá que configurar o APT para usar esse
proxy. Você pode fazer isso editando o arquivo de configuração
/etc/apt/apt.conf
ou colocando um arquivo de configuração dentro
do diretório /etc/apt/apt.conf.d/
, que torna mais fácil de
organizar as configurações (dê uma olhada em O arquivo de
configuração do APT, Seção 2.3).
Se esse arquivo não existe, então crie-o e adicione linhas como estas:
Acquire::http::proxy "http://proxy:port"; Acquire::ftp::proxy "http://proxy:port";
Substitua proxy e port pelas dadas pelo seu administrador da rede. Você pode também especificar o usuário e senha se o proxy necessitar, dessa forma:
Acquire::http::proxy "http://user:password@proxy:port";
Há muitas outras opções interessantes que você pode utililizar no arquivo de
configuração /etc/apt/apt.conf
, veja O
arquivo de configuração do APT, Seção 2.3.
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Como usar o APT
1.9.3 - Novembro de 2004kov@debian.org
tiago@debian-ba.org